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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Participação Especial - Sexto Artigo


A influência  dos planetas em nossa vida

Uma das perguntas mais frequentes que me fazem, depois do interesse pelos relacionamentos, refere-se à possível influência dos planetas em nossas vidas, no nosso destino. “Será que há um planeta que possa me ajudar?” “Que planeta está passando por minha vida que está tudo virado?” “Até quando vai durar esta situação? Dá para você ver que planeta está me influenciando?” “Tem um planeta bonzinho que possa modificar estas minhas dificuldades?” Estas perguntas são feitas muitas vezes em tom de brincadeira, mas outras vezes seriamente, refletindo uma certa ansiedade de  imaginar-se preso a um destino, a uma fatalidade da qual não se pode escapar.

Não podemos neste curto espaço discutir uma questão tão profunda como esta, e na verdade, nem todos astrólogos concordam inteiramente sobre ela. Os atuais conhecimentos humanos não nos permitem ter uma visão segura de como acontece essa ligação dos homens com o sistema planetário e seria perda de tempo tentar dar uma explicação lógica a ela. Uma historinha tirada do segundo número da revista Mantras pode colocar melhor a nossa posição diante de um fato que existe, que é observável, mas cuja extensão ainda não podemos compreender na totalidade. Conta que um repórter perguntou ao músico John Cage se ele acreditava em Astrologia e ele bem humorado respondeu: “Como é que você quer que eu corte a ligação que os homens têm com os astros? Com uma faca?” Ou seja: esta ligação é tão óbvia que não dá nem para pensar que possa ser de outra maneira e ponto final!
No entanto, acreditar que os planetas têm poderes absolutos sobre nós é estar à mercê dos acontecimentos, como um cata-vento ou uma biruta que vai na direção em que o vento sopra. É não querer tomar as rédeas do nosso destino, entregar-se passivamente, sem opção de escolha diante dos acontecimentos do mundo externo. Mesmo em situações extremas, como uma guerra, um conflito armado, um desastre econômico ou ambiental, uma doença, uma perda dolorosa, sobra-nos a possibilidade de vivermos conscientemente o processo, buscando-lhe o significado (função de Júpiter) e aprendendo com ele. Para isso, duas coisas são de fundamental importância: o despertar da consciência e o exercício da vontade (funções do Sol). Todas as linhas da psicologia têm como certo que só poderemos resolver os nossos problemas se eles estiverem acessíveis à consciência. Se permanecerem inconscientes, tornam-se um constante motivo de infelicidade, tanto para nós como para os outros. Só podemos mudar o que conhecemos, o que somos capazes de enxergar. E aí para mudar, precisamos querer mudar, lançar mão de uma  vontade forte e decidida (Sol) que nos porá em ação (Marte). Deste modo, e só deste, poderemos escapar das forças que agem dentro de nós, sejam elas de que espécie forem consideradas, planetárias ou não.
Nesta procura de autoconhecimento Astrologia pode ajudar e muito. Nesta relação perfeita entre o ser humano e o Universo, ela pode revelar as forças que agem dentro de nós, não só forças planetárias, mas também forças psíquicas das quais podemos, ou não, estar conscientes.
Os símbolos astrológicos representam energias que se expressam através de nossas atividades diárias, dependendo das relações dos planetas entre si e da sua localização  por signo e por casa. Pode-se então perceber os fatores condicionantes que vivemos na infância que podem ter reprimido certos traços considerados “indesejáveis” pela sociedade, ou desestimulado o desenvolvimento de outros, simplesmente porque não foram vistos que estavam ali. Outro fator importante é tomarmos conhecimento de nossa motivação básica diante da vida, a estrutura de nossa consciência, interesses próprios e legítimos, não modificados pelo meio e pela educação. É o nível mais profundo do ser humano, vivido o mais das vezes de forma inconsciente e automática. Em função de como nos esforcemos por realizar, consciente ou inconscientemente esta motivação, será a obtenção dos diferentes graus de êxito ou de fracasso.
Há num mapa muitos fatores que devem ser analisados para se que se tenha do ser humano uma visão mais holística, mais global. Não podemos, no entanto, nos esquecer de que a responsabilidade do que fazemos com nossas vidas pertence exclusivamente a nós mesmos e que temos o livre arbítrio para escolher se vamos conduzi-la, ou não, na direção da felicidade.

                                                      Maria Regina Martins de Assis                                                                                                                                   

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