Estou muito feliz e honrada em contar a vocês que teremos no blog uma participação muito especial da astróloga Regina com uma coluna sobre o método Huber.
Maria Regina Martins de Assis é diplomada pela Escuela Huber (http://www.escuelahuber.org) localizada em Barcelona na Espanha, o método é uma fonte para o auto conhecimento por ser uma astrologia psicológica.
Confiram seu primeiro artigo -
Maria Regina Martins de Assis é diplomada pela Escuela Huber (http://www.escuelahuber.org) localizada em Barcelona na Espanha, o método é uma fonte para o auto conhecimento por ser uma astrologia psicológica.
Confiram seu primeiro artigo -
Astrologia
- Crer ou não crer?
Esta não é a questão. Ao contrário de que muitos pensam, a
Astrologia não é objeto de fé, de crença ou de um supersticioso acercamento.
Ela não pode prever fatos concretos do futuro, momentos auspiciosos e propícios para um
cliente determinado ou acontecimentos mundiais, ou ainda dar respostas prontas
para as nossas indecisões, descobrir nosso destino e o que se deve fazer.
Também não é uma ciência exata, com suas leis,
postulados, estatísticas e fórmulas matemáticas, ainda que tenha suas leis,
seus postulados e que se sirva de cálculos matemáticos, já que nasceu da
observação dos céus, junto com a astronomia. A astrologia não é, todavia, uma
ciência exata como a astronomia porque seus objetivos são outros. Não se trata
de ver, como na astronomia, como os
corpos celestes se comportam, mas de perceber a relação que existe entre o
Macrocosmos (as Forças e Energias que regem e controlam o Universo manifestado)
e o microcosmos (o homem). Dizendo de outro modo: “esta antiquíssima ciência
relacionou as constelações e nosso sistema solar, atraiu a atenção sobre a
natureza do zodíaco e informou à humanidade sobre as inter-relações básicas
que regem e controlam os mundos fenomênicos e subjetivos”(1). Explicando melhor:
a astrologia trata das forças e energias que condicionam, regem e atuam
através do espaço e sobre tudo o que neste se encontra, ou seja, trata das
relações que existem entre os seres individuais e os planetas, o sistema
solar, as constelações e os propósitos do Todo, aos quais o Cosmos se submete e
manifesta.
Talvez agora fique mais fácil responder à pergunta acima. Não se
trata de crer ou não crer, mas de descobrir que não estamos sós no Universo,
jogados ao acaso em um tempo-espaço do planeta Terra, de olhos vendados
caminhando a esmo e beirando o precipício. Muito pelo contrário, há uma ordem
cósmica que dirige a evolução do ser individual, do sistema solar como um todo,
das galáxias e constelações, enfim, de todo o Universo. Cabe a nós, seres humanos,
descobrirmos essa ordem cósmica e nos deixar guiar por ela, como já fizeram
muitos povos da Antiguidade, muitas vezes considerados por nós incultos e
pouco desenvolvidos, evidentemente de acordo com a nossa ideia moderna de
desenvolvimento!
Está muito na moda revisitarmos os maias, com seus calendários
que dividiam o tempo em ciclos. Também para os antigos chineses, egípcios,
persas, gregos, romanos, celtas e tantos outros, o mundo manifestado (físico)
era cheio de vida e de significado e
percebiam a estreita relação entre os ciclos naturais das estações, o
movimento dos astros nos céus, o surgir de determinadas constelações no leste
ao amanhecer e os acontecimentos que se desenrolavam no seu país, nos
sentimentos e mentes de seus habitantes. Esses sábios antigos conheciam que
tudo obedecia à Lei de Evolução, tudo observavam e tudo registravam nas pedras,
nos monumentos, nos pergaminhos, nos corações. Apenas os sábios e iniciados
detinham esse Conhecimento Interno, as leis eternas e transcendente que regem o
Universo, expressas tanto pela astrologia, como pela alquimia e pela psicologia
mística.
Infelizmente, nossa sociedade racional, tecnológica e
materialista perdeu de vista este Conhecimento Interno, enquanto se ocupava da
observação dos fenômenos naturais. Os antigos conhecimentos da astrologia
evoluíram para a astronomia, a alquimia,
para a química, a psicologia mística, para a moderna psicologia. Mas,
exatamente por ter evoluído na observação da realidade física, agora a humanidade como um todo está pronta
para resgatar, sem superstições, mas cientificamente, os antigos conhecimentos da astrologia, da
alquimia e da psicologia mística, que se mesclam, se interpenetram e se
completam.
Da mesma maneira a astrologia considera o ser humano de uma
forma global: tanto quando o vê como uma psique humana em vias de
desenvolvimento, estreitamente relacionada com o entorno e com o Todo Cósmico,
como quando o percebe como uma entidade espiritual (individualidade) que , de forma livre e consciente, pode
estabelecer uma relação entre esses dois planos, o mundo e o Todo. Assim, no
campo pessoal, individual, a manifestação de uma determinada personalidade num
determinado espaço-tempo, ela revela os desafios a serem vencidos, o modo de
atuação, as conquistas já sedimentadas, a tarefa no mundo, as metas internas a
serem alcançadas, os ciclos de desenvolvimento, os fluxos e refluxos da
energia, os condicionamentos familiares e educacionais, os aspectos guardados
no mais profundo da psique que condicionam o comportamento atual, os processos
internos que se manifestam como acontecimentos externos. É a procura do “Conhece-te a ti mesmo” no
nível pessoal.
Por outro lado, o astrologia deve ser vista também como
ferramenta de ajuda para encontrar o caminho
do crescimento espiritual, da certeza de pertencer a um Todo maior, do retorno à Casa do Pai, da resposta à eterna pergunta “quem sou eu?”.
É levantar a ponta do véu e vislumbrar que o “Conhece-te a ti mesmo” se
completa com o “E conhecerás o Universo”.
Bilbliografia:
·
A Astrologia Esotérica – Mestre Tibetano Djwal Khul (1)
·
O Caibalion
·
Transformaciones – La astrología como camino
espiritual – Bruno e Louise Huber
c d c dc d c d
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