Desconstruindo
um Mapa Astrológico
O instrumento de trabalho da
Astrologia é o mapa astrológico, uma ferramenta de diagnóstico das
complexidades do comportamento, temperamento, desenvolvimento e evolução da
personalidade humana. Um mapa astrológico mostra o nosso potencial de energia
que deve ser desenvolvido e vivido da melhor maneira possível para que possamos
cumprir nossa tarefa no mundo e assim sermos felizes. Esta energia distribui-se
em cinco níveis:
O Centro
- olhando-se o Mapa, de dentro para fora, no centro dele vemos um círculo que
simboliza a nossa Alma, o eu pessoal e transpessoal, aquilo que me faz uma
entidade única e, ao mesmo tempo, ligada ao Todo Universal. É o que nos faz
Filhos de Deus e o que nos dá a consciência da Eternidade. Este Centro, este Eu
interno é a projeção, a manifestação do Eu Superior, que utiliza a
personalidade para expressar-se no mundo físico, é a Alma que impulsiona a
personalidade a viver uma série de experiências no mundo externo para
que possamos tomar consciência de partes desconhecidas de nós mesmos que
precisam se tonar conscientes e integradas ao todo da personalidade. Este Eu
interno, simbolizado pelo pequeno círculo no centro do Mapa Astrológico,
organiza uma tarefa individual a ser cumprida. Esta tarefa vem expressa no
segundo nível do Mapa: a estrutura de aspectos.
A Estrutura de
Aspectos - são linhas coloridas que ligam os
planetas entre si, formando figuras geométricas. O conjunto dessas linhas
retrata as motivações básicas que correspondem ao propósito da Alma para esta
vida atual, aquilo que viemos desenvolver. Elas são profundamente inconscientes
porque costumamos estar desconectados do nosso Eu interno. Nossa tarefa no
mundo é trazer para a consciência estas motivações, aquilo que, sendo realizado,
vai fazer-nos felizes, sintonizados com o propósito da Alma.
Os planetas
- formam o terceiro nível do Mapa. Eles constituem o conteúdo da psique, são
símbolos das funções psíquicas. São dez planetas, cada um representando uma
parte da totalidade psíquica: a capacidade de trocar informações (Mercúrio), de
nos colocar em ação (Marte), o corpo físico, o princípio de realidade e
mecanismos de defesa (Saturno), o princípio de identidade e consciência de si
mesmo (Sol), a necessidade de contato e a natureza emocional (Lua) são alguns
exemplos. Então, os planetas são o "instrumento através dos quais o ser
humano faz contato com o mundo, percebe e experimenta o mundo, estabelecendo
com ele uma troca vital e funcional"(1). No momento do nascimento, cada
planeta se encontra situado num determinado signo. Os signos constituem o
quarto nível do Mapa.
Os signos
- são qualidades e temperamentos herdados, transmitidos geneticamente. Cada
signo representa uma maneira específica de comportamento, um temperamento que
condiciona a nossa atuação no mundo. Um mesmo planeta (uma função psíquica) vai
se comportar de acordo com a qualidade do signo no qual esteja colocado.
Mercúrio, a capacidade de comunicação, poderá ser loquaz em Aquário e cauteloso
em Capricórnio. Os signos definem o que chamamos de os doze temperamentos ou
tipos básicos da personalidade. São, portanto, nossa fonte de energia.
Do primeiro ao quarto nível (centro,
aspectos, planetas e signos) o Mapa Astrológico descreve a configuração interna
de cada um de nós, aquilo que nos pertence, aquilo que nos foi confiado para
realizarmos um projeto específico de nossa Alma. Este projeto, como seres
encarnados que somos, deve ser expresso no mundo. Só assim nos tornaremos
conscientes de nós mesmos. O mundo, o meio externo a nós constitui o quinto
nível do mapa, as casas.
As casas
- representam o mundo, o meio ambiente, o campo de experiências, o espaço onde
faremos a interação de nossas motivações internas com o mundo exterior. É nesse
mundo que representaremos nossos papéis sociais, ou seja, o lugar onde
procuraremos adequar nossa predisposição natural com o que o mundo nos pede.
Neste intercâmbio entre o que está dentro e o que está fora, acontece um mútuo
enriquecimento. Nossa atuação no meio sempre causa reação. Do mesmo modo que o
mundo desperta em nós a consciência de quem somos, nossa atuação nele o torna
diferente.
Este movimento de dentro para
fora e de fora para dentro é que torna a Vida tão interessante! Esta troca de
experiências com o mundo se dá nas mais diversas etapas do desenvolvimento
humano, uma vez que precisamos da interação com o meio a fim de realizarmos a
principal tarefa da nossa encarnação: evoluir, adquirir consciência de nós
mesmos, de nossas potencialidades e de nossa tarefa no mundo.
1) Bruno e Louise Huber – Casas
Astrológicas
Maria Regina Martins de Assis
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